quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Concurso público e/ou faculdade

Nas grandes capitais tem acontecido um fato interessante com relação a muitos estudantes que concluem o ensino médio: estão priorizando preparar-se para concursos públicos e deixando para depois o sonho universitário. Esse comportamento novo pode ser entendido como resultado de uma visão prática e objetiva, uma estratégia para inserção no mercado profissional.

Todos os anos, centenas de milhares de vagas no serviço público são abertas para candidatos com nível médio de escolaridade. Para ocupar uma dessas vagas, o candidato não precisa ter experiência profissional anterior, sendo-lhe exigido apenas passar e ser classificado nas provas de seleção, que para ele funciona como um vestibular ao primeiro emprego. Essa constatação transformou-se em ponto de partida para seu raciocínio (o dele e o do leitor).

Para concluir uma faculdade e entrar no mercado de trabalho, são necessários em média sete anos, dos quais cinco para terminar o curso e dois para conseguir uma vaga, que, por ser início de carreira, oferece um salário em torno de mil a mil e duzentos reais. Sete anos para mil a mil e duzentos reais por mês. No serviço público, existem vagas para candidatos de nível médio com vencimentos de três, quatro, quatro mil e quinhentos... reais por mês.

Há uns dois anos, foi divulgada pesquisa na grande imprensa de São Paulo e do Rio, segundo a qual, para passar num concurso público, os estudantes frequentavam um cursinho por um período médio de quatro anos. A divulgação dessa pesquisa mostrava então que, pela via do concurso público, o jovem ganhava em média três anos no caminho que o conduzia ao trabalho. Três anos de esforço a menos para começar com um ganho de três vezes mais, sem contar com a estabilidade no emprego, o status, a respeitabilidade e outras vantagens agregadas.

Hoje, já se criaram novos conceitos, tecnologias e programas de preparação, que reduzem bastante o tempo de estudo do candidato até sua aprovação no concurso desejado. Uma das novas ferramentas é a engenharia didática, que, com base nas questões cobradas nos últimos certames e nos percentuais de incidência de cada ponto do programa nas referidas provas, organiza cientificamente as apostilas de estudo e respectivos exercícios, de tal forma que o tempo do aluno é direcionado para alcançar o maior número de acerto nas questões propostas. Outra é o gerenciamento de estudo, que permite ao aluno de um curso presencial chegar em casa, entrar no site do curso e receber uma lista de questões dos últimos concursos, todas elas concernentes às aulas ministradas naquele dia específico. O aluno, ao respondê-las, retroalimenta o sistema de controle que, além de lhe dizer o grau de aproveitamento, fornece dados à coordenação para permitir-lhe alertar o professor sobre a necessidade de reforçar este ou aquele ponto do programa. Já existem também aulas de teoria e reforço online, que permitem ao aluno, em qualquer tempo, em qualquer lugar, fazer o professor repetir a explicação tantas vezes quantas necessárias ao bom entendimento. Essas aulas se tornam tão mais eficientes na medida em que oferecem tutoria online, um recurso que proporciona ao aluno, ao final de esgotados todos os mecanismos, escrever sua dúvida específica diretamente para o professor e dele receber resposta e orientação adequadas.

Tem sido impressionante ver como a internet veio contribuir com o ensino-aprendizagem, quer em ambiente puramente cibernético ou online, quer somando-se às técnicas tradicionais de sala de aula. A rigor, no mundo de hoje, os colégios, cursos e faculdades não mais podem se limitar às aulas presenciais... todos estão irremediavelmente compelidos a oferecer a seus alunos recursos e instrumentos de otimização, aceleração e multiplicação do conhecimento, muitas das vezes em tempo real.

Por isso, o tempo médio de preparação e aprovação do candidato a um concurso público caiu, no mínimo, pela metade, sendo perfeitamente normal o aluno sair do nível médio, preparar-se para um concurso e, dois anos depois, estar trabalhando e ganhando por mês entre três e cinco mil reais. Então, com uma boa remuneração, com seu carro e independência, pode, com tranquilidade e mais prazer, dedicar-se ao curso universitário.

Até mesmo nos ambientes universitários, muitos estudantes estão descobrindo que trancar a matrícula, preparar-se, passar em um concurso de nível médio e voltar à faculdade permite-lhes ganhar alguns anos na vida profissional. Outros conseguem cursar simultaneamente a faculdade e um preparatório para concurso... mas todos estão percebendo que existe uma importante alavanca que lhes permite acelerar a ocupação do mercado de trabalho e lhes antecipa o amadurecimento profissional, sendo essa importante alavanca o instituto do concurso público.
 

Fonte:
http://www.vestcon.com.br - Ernani Pimentel

sábado, 9 de outubro de 2010

Conheça o estilo das principais bancas organizadoras de concursos públicos

Cada banca organizadora de concurso possui um estilo, uma forma específica de elaborar provas. Responsáveis pela elaboração, divulgação e organização de seleções públicas, contam com equipe de professores permanentes ou contratados apenas para elaborar as questões. As bancas também analisam e julgam recursos. Ao conhecer as características de cada uma, o passo seguinte é organizar e planejar os estudos. Uma boa dica é realizar provas anteriores relativas ao concurso escolhido.

Cespe/UnB - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília

As provas do Cespe são as mais bem elaboradas no segmento de concursos públicos. As questões são principalmente do tipo certo ou errado, nas quais cada erro anula um acerto - esse é o chamado fator de correção. "Eventualmente, podem ocorrer questões de múltipla escolha, cuja probabilidade de acerto 'no chute' é de 20%. No entanto, nesse caso, o candidato não é penalizado se chutar e errar uma das alternativas propostas, pois não existe fator de correção", explica o professor de Atualidades do curso preparatório Vestconcursos, Júlio César Gabriel. Os conteúdos cobrados nas provas do Cespe exigem mais que memorização. O candidato precisa ter capacidade de interpretação e de entendimento interdisciplinar. O Cespe organiza concursos de âmbito federal e estadual.

Esaf - Escola de Administração Fazendária
As questões da Esaf são sempre de múltipla escolha. É comum não serem cobrados todos os itens do edital, no entanto, as provas costumam ser extremamente bem elaboradas. Como a maioria dos concursos que a banca organiza é ligada ao Ministério da Fazenda (MF), as questões quase sempre abordam assuntos da área econômica. Essa banca organiza concursos federais e estaduais.

FCC - Fundação Carlos Chagas
Invariavelmente, as questões elaboradas pela FCC são de múltipla escolha, sem fator de correção e cobram todos os itens do edital. Por isso, é importante que o candidato estude bem todo o conteúdo proposto. "Em Língua Portuguesa, há equilíbrio entre Texto e Gramática", aponta o professor José Almir Fontella, há 45 anos no magistério de Língua Portuguesa. "Em Atualidades, essa banca costuma cobrar elementos como livros editados, filmes de sucesso e notícias corriqueiras", reforça Júlio César Gabriel. Os concursos organizados por essa banca são federais, estaduais e municipais.

Universa - Fundação Universa
As provas da Fundação Universa são mais centradas no Distrito Federal, pois a banca é ligada à Universidade Católica de Brasília (UCB). As questões são de múltipla escolha e os itens dos enunciados costumam ser longos. Eventualmente, requerem elevada capacidade de interpretação e, às vezes, cobram conteúdos memorizados. Em Atualidades, a Fundação Universa cobra elementos do DF. Essa banca organiza, principalmente, concursos distritais e do estado doTocantins.

Funrio - Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência
Geralmente, as questões da Funrio são longas e exigem que o candidato tenha boa memória, mais do que raciocínio, pois cobram conteúdos decorativos. Os enunciados costumam ser complexos. A Funrio organiza concursos federais e estaduais.

Cesgranrio - Fundação Cesgranrio
O estilo da Cesgranrio é semelhante ao da Fundação Carlos Chagas (FCC). Em Atualidades, cobra elementos do cotidiano. Costuma utilizar gráficos e imagens, o que exige do candidato capacidade de visualização e de interpretação. Essa banca organiza concursos federais e estaduais.

Quadrix - Instituto Quadrix de Responsabilidade Social
Essa banca segue o estilo da Cesgranrio. Há uma mistura na cobrança de conteúdos decorados com conteúdos recentes, dos últimos doze meses. Tópicos de Atualidades são pouco abordados. O instituto realiza concursos federais, estaduais e municipais.

FGV - Fundação Getúlio Vargas
As questões de provas elaboradas pela FGV não possuem muita homogeneidade. Podem ser mais complexas, bem elaboradas e longas ou requererem conteúdos memorizados. Os enunciados pedem análise de itens, exigindo do candidato a correlação dentre o certo e o errado. O estilo dessa banca se assemelha com o da Fundação Carlos Chagas e o da Cesgranrio. A FGV organiza concursos federais e estaduais.

Fonte: http://www.vestconcursos.com.br - Elaine Borges