domingo, 7 de outubro de 2012

Veja 10 passos para estudar para concursos públicos

Prezado concursando,
Navegando pela internet, encontrei esse excelente texto que se assemelha muito com a forma que trabalho com o coaching para concursos públicos.
Aproveitem as dicas e sigam os passos.
Ressalto que algumas delas são para a preparação a longo prazo, como por exemplo a elaboração de fichas-resumo.
Abraços,
Marcelo Hirosse
 
1º PASSO: Como preparar um plano de estudo
Ter clareza de quais são os horários de estudo – e quais não são – permite uma redução do nível de cobrança sofrido pelo candidato. Isso pode ser feito a partir da elaboração de um quadro mensal com as atividades obrigatórias que a pessoa tem a cada dia (trabalho, aulas e outros afazeres). Importante anotar ali feriados e compromissos eventuais já assumidos, para que fique evidente qual é o tempo disponível para o estudo.
 
A partir daí, considerando o tempo que será dedicado ao estudo, o candidato poderá distribuir as disciplinas, buscando colocar todas a cada semana ou, no máximo, a cada quinzena - para que nenhuma fique muito tempo sem ser vista -, lembrando de deixar intervalos a cada hora e meia ou duas horas de estudo.
 
Mas o quadro de estudo é um norteador, um ideal a se buscar. Não há motivo para desânimo caso algo saia do controle – isso é natural, afinal, a vida é dinâmica. De toda forma, o objetivo é sempre tentar cumprir da melhor forma possível a meta estabelecida. 
 
[...]
 
2º PASSO: Quando aumentar (ou reduzir) o tempo de estudo
Um dos benefícios do quadro de horários é o candidato saber que o tempo de estudo tem hora de acabar, ou seja, é uma meta finita. Isso facilita o comprometimento.
Mas há situações em que o candidato está motivado e percebe que teria condições de estudar por mais tempo do que o estabelecido. Se isso acontecer regularmente, talvez seja o momento de aumentar um pouco o período de estudo no quadro de horários (desde que não comprometa horário de sono ou outros compromissos).
O inverso também pode acontecer: o candidato estabeleceu determinada duração para o estudo, mas observa que não consegue render ao final do período. Se isso acontecer regularmente, talvez seja melhor alterar o quadro de horários, reduzindo o tempo de estudo até ter reais condições de aumentá-lo novamente. Isso evitará a sensação de frustração por não cumprir a meta, que pode ter resultados desastrosos no longo prazo.
 
3º PASSO: Como vencer preguiça, cansaço, inércia e começar a estudar
O desejo de conquistar uma vida melhor já deveria ser o suficiente, mas sabemos que as coisas nem sempre funcionam assim. Além disso, muitas vezes o concurseiro trabalha o dia todo e precisa reunir forças para iniciar um segundo turno de atividade (estudar).
 
Ter uma meta estabelecida para o dia ajuda bastante - como um atleta que já sabe qual será o treino do dia. Para isso, a planilha de treinos é essencial e, no caso, dos concursos públicos, estamos falando do quadro de estudos com horários e matérias, que comentamos no “1º Passo”. É mais simples cumprir algo já definido do que decidir na hora, quando outros fatores podem interferir desfavoravelmente.
 
Assim, é preciso dar cada pequeno passo, um de cada vez, e evitar as distrações do caminho: acordar na hora combinada e fazer apenas o que for preciso para iniciar os estudos (alimentação, banho, troca de roupa). Para quem ainda não criou o ritmo, ligar computador ou TV antes do estudo é um risco enorme - o que o candidato imaginava serem apenas alguns minutos de pesquisa ou relaxamento tende a se prolongar indefinidamente e um período inteiro de estudo poderá ser perdido. O mesmo acontece para quem estuda à noite, após o trabalho.
 
Mas a preparação para concurso é similar à preparação de um atleta. O ritmo é construído com o tempo e com a continuidade. Ainda assim, há períodos em que o candidato está mais comprometido e outros em que fatores diversos interferem no cumprimento do plano. O importante é seguir sempre, em maior ou menor ritmo.
 
4º PASSO: Como manter o interesse durante os estudos
Quase todo candidato tem aquelas matérias preferidas – as que ele mais sabe - e as “odiadas” – aquelas que considera mais difíceis. O curioso é que, mesmo sabendo que a prova cobrará todas elas, o candidato termina estudando mais as que mais sabe e deixando para trás as outras. O plano de estudo ajuda a corrigir essa tendência e até a invertê-la: o ideal é dedicar mais tempo ao que menos se sabe.
 
Outro fator é que o cérebro obedece aos comandos recebidos, sem questionar. Então, é mais produtivo olhar para todas as matérias como passaportes para a vaga, sem carimbá-las com a marca da rejeição, que será captada pelo cérebro e só tornará tudo mais difícil.
 
O estudo dinâmico ajuda a superar as distrações e, para isso, a resolução de exercícios – com consulta – logo após a leitura da teoria faz com que o candidato compreenda melhor os conteúdos, perceba detalhes e inicie a fixação, tudo de forma natural.
 
[...]
 
5º PASSO: Como não esquecer o que já foi estudado
Quando o candidato chega ao fim de uma matéria – lembrando que sugerimos o estudo de todas as disciplinas do grupo, de forma paralela – deve voltar ao início sucessivas vezes, até a aprovação. Essa repetição levará à memorização definitiva dos conteúdos.
 
Mas, a cada retorno o procedimento deve ser modificado, a fim de manter o interesse e aprofundar o conhecimento. Assim, se na primeira vez o candidato apenas leu a teoria e fez exercícios didáticos de cada ponto, na segunda vez poderá repetir o procedimento anterior (teoria + exercícios) acrescentando a elaboração de fichas-resumo.
 
Essa é a etapa mais trabalhosa do estudo, mas é essencial, porque além de permitir a organização das informações já conhecidas, produz material valioso para revisões futuras.
 
6º PASSO: Como preparar o material para revisões
Depois que o candidato já tem alguma noção do conteúdo da disciplina, é possível sublinhar as informações mais importantes e, a partir daí, preparar fichas-resumo. A idéia é criar quadros, esquemas e itens que permitam ao candidato lembrar com facilidade a teoria estudada. Exceções e casos especiais devem ser ressaltados, bem como detalhes importantes, que ajudem na solução das questões de prova.
 
Todas as fichas devem ter o título da matéria e ser numeradas. Cada ficha deve ter o subtítulo do assunto. As informações devem ser colocadas de forma organizada, privilegiando o aspecto visual. O uso de cores diferentes é interessante, para ressaltar informações similares, mas é importante não poluir demais. Por exemplo: conteúdo básico em azul, exceções em vermelho, detalhes complementares a lápis. É prudente deixar espaço para inclusões futuras de novas informações, como veremos no “7º Passo”.
 
Vale lembrar que a proposta da ficha-resumo é bem diferente dos tradicionais resumos. Não se utilizam textos corridos, pontuações nem palavras que não sejam essenciais ao entendimento. A função da ficha é ajudar o candidato a lembrar informações que ele já conhece e, para isso, bastam palavras-chave.
 
7º PASSO: Como saber se é preciso aprofundar mais nos estudos
Muitas vezes o candidato acha que sabe bem toda a teoria, mas sofre uma decepção quando vai fazer a prova do seu concurso. Isso porque não verificou o nível de profundidade exigido e não se preparou adequadamente.
 
A melhor forma de aferir se a abrangência e profundidade do estudo está suficiente é conhecer provas de concursos já realizados, para o mesmo nível de escolaridade e, se possível, para a mesma área de concurso.
 
De nada adianta utilizar provas muito antigas, porque é notória a diferença entre concursos muito antigos e os atuais em relação ao nível de complexidade das questões. Assim, o melhor é trabalhar questões de concursos realizados há até dois anos ou, no máximo, três.
 
Importante também estar atento a gabaritos que possam estar desatualizados, em razão de alterações nas disciplinas. Informática e legislação, por exemplo, sofrem constantes modificações, e há outras matérias que passaram por modificações pontuais, como auditoria e contabilidade.
 
O candidato já pode iniciar a resolução de algumas provas anteriores na segunda etapa de estudo, mas a prioridade naquele momento é a preparação das fichas.
 
8º PASSO: O que fazer para não esquecer o conteúdo que já você estudou
A partir do momento em que uma disciplina estiver totalmente fichada, vai passar para a fase de manutenção - que continua até a aprovação -, para que o conhecimento adquirido não seja perdido.
 
Independentemente de como estejam outras matérias, no período de estudo da matéria já fichada o candidato deve, uma vez por mês, revisar todas as fichas. A partir daí, em todos os períodos seguintes destinados àquela disciplina, vai resolver provas anteriores e, desta vez, sem consulta. Após a conferência do gabarito, retornará às fichas para reler o assunto de cada questão. Caso as informações da ficha estejam incompletas, será necessário buscar mais uma vez a teoria no material de apoio (livros e anotações de aula) e incluir na ficha. Assim se garante que tudo o que já foi visto sobre aquela disciplina estará anotado e organizado num mesmo lugar.
 
Além disso, todo o conteúdo da matéria passa por revisões mensais completas e revisões pontuais a partir das provas. Dessa forma, os assuntos que costumam ser mais cobrados serão, naturalmente, mais revisados.
 
9º PASSO: Como incluir novas matérias no plano de estudos
Sabemos que a preparação para concursos públicos envolve um número razoável de matérias. Iniciar o estudo pelo grupo de disciplinas básicas permite que o candidato dedique mais tempo a poucas matérias e aumente rapidamente o seu conhecimento em relação àquele grupo.
 
Posteriormente, poderá reduzir um pouco o tempo dedicado ao grupo inicial a fim de liberar horas de estudo para, gradativamente, incluir outras disciplinas, sem abandonar as primeiras. Esse procedimento é sucessivo, de modo que o candidato vai passando algumas disciplinas para a fase de manutenção e acrescentando novas, até ter condições de estudar todo o conjunto necessário, que pode chegar a até 20 matérias, simultaneamente.
 
10º PASSO: Observe os pontos fracos e corrija a estratégia
Qualquer projeto de médio/longo prazo exige ajustes de estratégia durante o percurso e não seria diferente na preparação para concurso público. Tal providência deve ser adotada durante todo o tempo. A cada mês o candidato deve traçar novas metas, e preparar novo quadro de horários, com base na observação de seu desempenho no mês anterior.
 
Nesse aspecto, reprovações – tão comuns no caminho dos concurseiros – não devem ser vistas como fracassos, mas também devem funcionar como uma oportunidade para o candidato rever suas estratégias e ajustar a preparação. Afinal, depois de conquistada a vaga, ninguém mais se lembrará de quantas batalhas foram travadas; apenas da vitória final!
 

8 comentários:

Hélida disse...

Excelente, Marcelo! Vou compartilhar. Beijos!

Marcelo Hirosse disse...

Hélida, que bom que gostou.
Abraços

Anônimo disse...

Olá!

Adorei as dicas. Algumas coisas aplicarei no meu estudo diário.

Obrigada

[]'s

Marcelo Hirosse disse...

Ótimo! A idéia é que os textos sejam úteis mesmo.
Não há o que agradecer.
Abraços

Unknown disse...

Olá Marcelo. Parabéns pelo blog! Li dicas muito interessantes para quem deseja investir numa preparação seria para concursos públicos. Estou começando a me preparar para o meu maior sonho que e o concurso para analista do Bacen. Estou pensando na área 3 ou 4. Você teria uma dica de curso preparatório presencial em Sao Paulo?
Abs
Paulo

Marcelo Hirosse disse...

Paulo, obrigado pelos parabéns. Que bom que gostou do blog. Em São Paulo, conheço o curso da LFG, mas não tenho certeza se é presencial.
Abraços

Anônimo disse...

Olá,

Fiz o último concurso do bacen, não estava bem preparada, vi isso ligo quando comecei a prova.

Tenho dificuldade em duas áreas para me preparar( estudar) conhecimentos gerais e raciocínio lógico, sou muito mais de fórmulas.

Estou me animando para fazer o próximo previsto para 2013, agora pelo menos já sei como funciona a prova.

Se tiver algumas dicas, agradeço.

Damaris

damarisbiju@yahoo.com.br



Marcelo Hirosse disse...

Damaris, procure fazer algum curso específico sobre as matérias as quais você tem dificuldade. No mais, no blog você encontrará muitas dicas.
Abraços