quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ufa, formei e meu diploma não usei!

Em 2002 entrei no curso de Engenharia de Redes de Comunicação na UnB. Na mesma época, recebi uma proposta para ser monitor de matemática do colégio em que estudei. Aceitei a oferta e iniciei meu curso superior já trabalhando. Nos dois primeiros semestres, foi uma maravilha, tudo era novo e interessante. A partir daí, comecei a me dedicar à matemática e lutar para me tornar professor. Nas matérias optativas e de módulo livre, dei maior ênfase àquelas relacionadas com matemática e educação, como Teoria dos Números, Geometria 1 e Psicologia da Educação. Meu curso começou a perder o sentido. Pensei em abandoná-lo quando estava no quarto semestre, mas meus pais insistiram para que eu não fizesse isso, afinal me tornaria um Engenheiro. Queria fazer o curso de Licenciatura em Matemática. Depois que me tornei professor substituto, quase desisti mais duas vezes de meu curso. Um fator que me deu forças para continuar foi o tempo restante que faltava para concluir minha graduação.

No sexto semestre, segundo semestre de 2004, resolvi me tornar um empreendedor e abri uma escolinha de reforço. Aluguei sala, comprei móveis, investi em publicidade, contratei professores, enfim foquei todas minhas atenções nisso e deixei meu curso um pouco de lado. Resultado: estava quase reprovado em duas matérias. Resolvi me dedicar para a mais difícil e no fim reprovei na mais fácil. Meu curso tem a duração normal de 5 anos e eu não queria me formar após esse período, pois, como tudo em minha vida, planejei formar no tempo certo. A reprovação naquela disciplina fez com que o fluxo de matérias do curso fosse prejudicado. Tentei encontrar alguma alternativa, pois faltavam dois anos para me formar.

Era final de 2005, quando tentei pela primeira vez estudar para algum concurso público, o de Técnico do Bacen com 35 vagas, como relatei no texto "Bacen - preparação, concurso e ambiente de trabalho". Em dezembro daquele ano, fiz a prova da CAESB para o emprego de Técnico em Telecomunicações. Não tinha muitas esperanças de ser aprovado por serem apenas 2 vagas, mas fiz mesmo assim já que estava estudando.

No início de 2006, saiu o resultado final da CAESB: consegui o 2º lugar no concurso. Cogitei ser aprovado no concurso do Bacen também e já comecei a pensar sobre qual assumiria. Por um lado, na CAESB eu trabalharia com a área de minha graduação e no Bacen com a área administrativa. Por outro lado, na CAESB, empresa distrital, eu ganharia R$ 1605,34 e, no Bacen, autarquia federal, R$ 3154,03. A questão financeira venceu, afinal ganharia quase o dobro no Bacen e trabalharia na esfera federal. Foi muito difícil abrir mão do meu emprego de professor, pois havia me identificado muito com essa brilhante profissão.

Voltando ao problema de me formar no tempo certo, seria muito difícil pegar matérias extras já que provavelmente estaria trabalhando 8 h/dia. Tive a idéia de estudar para tirar a certificação Toefl, da língua inglesa para estrangeiros, o que me renderia 16 créditos, pois equivaleria a quatro matérias de quatro créditos: uma optativa, "Inglês Instrumental 1", e três módulos livres, "Inglês: Expressão Escrita 1", "Introdução a Morfossintaxe do Inglês" e "Inglês: Compreensão da Lingua Oral 1". Estudei aproximadamente 1 mês por meio de um livro específico, e no dia 6 de junho de 2006, fiz a prova e consegui ser aprovado.

Elaborei minha monografia em um ano, no segundo semestre de 2005 e no primeiro de 2006. Trabalhei em cima do tema "Mecanismos de Segurança da TV Digital Interativa". Na época, um assunto pouco explorado e com grande perspectiva de futuro. A monografia no curso de Engenharia é feita em duas partes, sendo que o primeiro semestre corresponde ao "Projeto Final 1" e o segundo, ao "Projeto Final 2". Iniciei o desenvolvimento em dupla, mas infelizmente o trabalho do Projeto Final 1 foi prejudicado, pois meu colega não se dedicou o suficiente e foi reprovado. Tive, portanto, de prosseguir com o Projeto Final 2 sozinho. No fim deu tudo certo e fui aprovado com a menção máxima. Como antecipei em um semestre a elaboração do meu Projeto Final, fiz o décimo e último semestre tranquilamente com o objetivo apenas de completar os créditos necessários e, no final de 2006, estava enfim formado, dentro dos 5 anos.

Assim que me graduei, tive a proposta de fazer um mestrado na própria UnB sobre o mesmo assunto de minha monografia. A idéia seria prosseguir o estudo. Poderia estar trabalhando em alguma grande empresa privada hoje em dia. Afinal, seria um Engenheiro cursando um mestrado em TV digital, tema atualmente super badalado. Mas estava decidido: queria me dedicar aos concursos e usar meu diploma de nível superior para ser Analista de alguma entidade governamental.

Em 2007 resolvi descansar e aproveitar um pouco a vida. Fiz alguns concursos na área de TI sem estudar. Obviamente não fui aprovado. No meu trabalho, Bacen, surgiu a possibilidade de trabalhar com a área de programação e eu resolvi topar o desafio, pois gostava de programar e conhecia algumas linguagens como Java, C++ e VRML. Tive de aprender linguagens novas: C# e ASP.NET. Fiz dois curso oficiais da Microsoft e comecei a entender do assunto. Comprei alguns livros também. Estava pronto para começar um grande projeto. No início foi legal ver o resultado e saber que estava evoluindo. Quando as cobranças começaram a aparecer e a falta de conhecimento começou a pesar, tudo foi mudando. Precisava trabalhar da hora de entrada até a hora de saída. Saia do serviço muito cansado, afinal programar é algo complicado, pois uma vírgula errada faz com que nada funcione. Comecei a me comparar com os colegas que ficavam apenas com a área administrativa e percebi que o volume de trabalho era bem menor e que não era necessário se estressar com as tarefas. No fim do dia estavam bem mais dispostos que eu. Comecei a tomar aversão pela área de TI e consegui me desligar do projeto que envolvia programação. Foi a partir dessa experiência que comecei a pensar seriamente em não trabalhar com minha área de formação.

O primeiro pensamento que tive foi que estaria em desvantagem prestando concursos para a área administrativa, acreditava que meu diferencial estava justamente nas ciências exatas. Porém encarei esse desafio e minha meta para 2008 foi justamente usar meu diploma para me tornar um Analista, como havia planejado no final de 2006. Consegui conquistar meu objetivo, como relatei no texto "Rumo ao STJ: da preparação ao concurso.".

Muita gente já me questionou porque não fiz um curso mais tranquilo e rápido, já que meu objetivo seria me tornar um servidor público. Acho que uma das respostas eu já dei: decidi isso no fim de meu curso, ou até mesmo quando comecei a estudar para o concurso do Bacen em 2005. E hoje eu tenho uma certeza: o curso de Engenharia na UnB fez com que eu me tornasse um auto-didata e não tivesse medo de encarar os livros. Tive professores que praticamente não davam aula e consideravam a matéria como dada, restava a mim ter de encontrar livros para estudar sozinho. Algumas vezes só havia livros em inglês e com muitos termos técnicos. Ou eu dava um jeito de aprender a matéria até a data da prova, ou estaria reprovado. Hoje acredito que se tivesse feito outro curso, talvez não tivesse alcançado tudo o que já conquistei. Nada é por acaso.

31 comentários:

Anônimo disse...

olá, marcelo. muito legal a sua história e muito bonita a sua determinação. tb estou aí concursando desde 2000. agora estou no tre, mas pretendo tentar o bacen. gostaria de saber quais áreas de formação são mais requisitadas dentro do bacen. ouvi dizer q economia, direito e contábeis eram, mas não sou formado nessas áreas (fiz lingüística e pretendia fazer biblioteconomia). Fiodor/SP

Marcelo Hirosse disse...

Fiodor, normalmente o concurso de analista do Bacen é divido nas seguintes áreas: informática, economia, geral (ou administrativa) e provavelmente no próximo concurso haverá também a área de segurança. Não há muitos pré-requisitos para poder concorrer a alguma vaga dessas áreas. Você pode, se quiser, prestar para a área fim (economia), mesmo não sendo graduado em tal.
Abraços

Anônimo disse...

mas lá dentro, eles tem alguma preferência por alguma área de formação? fiodor/SP

Danny disse...

Adorei sua história e seu blog.
Pena que não tem como assinar um Rss

Marcelo Hirosse disse...

Fiodor, normalmente as instituições dão mais valor para a área fim que no caso do Bacen é a de economia. Agora não creio que haja diferenciação devido à graduação, pois são fornecidos cursos para capacitação dos servidores, de forma a nivelá-los.
Abraços

Marcelo Hirosse disse...

Danielly, fico feliz que tenha gostado. Para saber das novas atualizações, basta verificar as datas de postagens.
Abraços

Anônimo disse...

Parabéns pelo relato verdadeiro e pela simplicidade. Agora entendi que o segredo do sucesso é focar no objetivo e se dedicar, sempre.

Anônimo disse...

Oi, Marcelo. Qtas horas vcs trabalham por dia? Tem horário de estudante? Vc sabe se o próximo concurso sairá ainda este semestre?

Anônimo disse...

Marcelo, sou analista do TRE/SP. Gostaria de saber pq vc acha q é mais negócio trabalhar no Judiciário Federal? Nosso plano de carreira, ainda q mude, só pagará 13 mil para fim de carreira. O Bacen não é um bom negócio? Nem para analista com subsídio inicial de 13 mil? Pq? Fiodor/SP

Anônimo disse...

Opa Marcelo...bom esse relato mostra bem como me sinto..Afinal ainda trabalho com TI e na iniciativa privada, e talvés em um dos locais mais conturbados Operação dentro de uma Telecom. Quando estou de plantao chego a virar 3 noites por semana, e isso trabalhando o dia inteiro normalmente e fazendo faculdade a noite. Já estou decidido...vou me dedicar a concursos para ter uma vida um pouco mais tranquila e sem essa agitação toda, e claro com alguns beneficios a mais. Adoro o trabalhar com TI, so que e um trabalho MUITO cansativo, exigente e não sei quanto tempo vou aguentar esse tranco todo.

Abracos!!!

Marcelo Hirosse disse...

Rosângela, obrigado pelos parabéns. Espero realmente que meus depoimentos motivem aqueles que os lêem.

A carga horária diária do Bacen é de 8h. Estudante tem horário especial garantido por lei. E não sei afirmar se o próximo concurso sai ainda nesse semestre, pois depende de N fatores.

Fiodor, se você bem observar no site do sinjus, o anexo 2 do novo Plano de Cargos e Salários (PCS), mostra os "vencimentos". Não se esqueça de acrescentar os 50% da GAJ. Isso resulta em R$ 12859,40 (início de carreira) e R$ 19451,00 (fim de carreira), remunerações parecidas com o PCS dos Analistas do Bacen, com a vantagem de ser o Judiciário Federal.

César, justamente por esse e outros motivos, como relatei no texto, que resolvi sair da área de TI. Gosto dessa área também, mas para fazer coisas pessoais, sem pressão ou cobranças. Nos concursos públicos, a área administrativa é muito mais tranquila e paga os mesmos salários que a área de TI, foi, portanto, minha opção.

Abraços

Anônimo disse...

Caramba, não tinha visto a nexo II!Mas com essa crise vai ser difícil esse novo plano sair do papel, vc não acha? Se saísse, acho q preferiria ficar onde estou. Apesar de mal administrado,o serviço do TRE é muito interessante. Fiodor/SP

Marcelo Hirosse disse...

Fiodor, esse é o problema: será que o pedido será atendido? Realmente o Judiciário Federal é enorme. Mas creio que pelo menos algo próximo será conseguido. O Judiciário tem força e pessoas para lutar.
Abraços

Felipe Elias disse...

Marcelo, muito boa a sua história de vida! Achei muito interessante o fato de que você se formou na área de TI. Eu também acabo de me formar nesta área, fiz Eng. da Computação. Outra coisa, eu queria te perguntar que livro é este que você estudou para tirar o TOEFL ? Onde você adquiriu? Um abraço.

Marcelo Hirosse disse...

Felipe, o livro que utilizei foi o "Delta's Key To The TOEFL Test". Na época, peguei emprestado. Ele pode ser encontrado em algumas bibliotecas. Hoje existe uma versão mais nova "Delta's Key To The Next Generation TOEFL Test" própria para o conteúdo atualmente cobrado na prova.
Abraços

Ryckardo disse...

Marcelo, torço por vc se achar no STJ. O problema de largar TI e ir pro administrativo será a perca de motivação, achar que não está dando seu máximo, falta de desafios. Eu passo por algo semelhante. Trabalho num orgao Federal, bom salário, mas me sinto subestimado pelo serviço.

Marcelo Hirosse disse...

Ricardo, acho que sei bem o que é isso, pois estou trabalhando na área administrativa do Bacen. Sinceramente eu que busquei essa área, justamente por não estar muito motivado com a área de TI. Penso que se o serviço do STJ não for um dos melhores, posso pelo menos fazer o que gosto nas 18 horas restantes do dia. Obrigado pelo apoio.
Abraços

Anônimo disse...

Interessante sua história. Assim como vc, me formei em farmácia e não atuo na área. Decidi estudar pra concurso no final do curso também. E hoje sou da aréa adm na esfera federal. Financeiramente estou feliz, mas ainda pretendo arriscar um concurso maior na minha área!!! Mta gente não me entende, principalmente os meus colegas farmacêuticos!!! ;P

Marcelo Hirosse disse...

Juliana, quer dizer que você está apenas temporariamente fora de sua área? Sei como é... muita gente não aceita o fato de não seguirmos carreira em áreas de nossa formação, mas esquecem que muitas pessoas formam naquilo que não gostam, como eu. :p
Abraços

Anônimo disse...

Pois é...estou temporariamente fora da área. Mas no fundo eu quero ser realizada profissionalmente, seja na minha área, ou não! Se não for na minha área, farmácia será um hobby na minha vida. hehehehe
;)

Marcelo Hirosse disse...

Juliana, é justamente isso o que penso. Meu trabalho pode não ser algo muito agradável, mas posso fazer aquilo que me dê prazer no resto do dia.
Abraços

Anônimo disse...

Estou um tanto ansiosa, talvez essa ansiedade atrapalha, já faz quatro anos que estudo, e só passei em dois concursos, no final da fila, vejo que devo direcionar o concurso, sinto que tenho uma base codificada nas matérias básicas. Neste momento tenho dúvida em que direção tomar, ou o concurso do MMA ou do Ministério da Fazenda? Estou mais inclinada para o Ministério da Fazenda, já viu o livro de Direito Previdenciário, o qual vc indica, enfim, não dá para estudar para dois concursos ao mesmo tempo, você fica sem rumo. Concorda? Dê sua sugestão? Obrigada, tudo de bom.

Marcelo Hirosse disse...

Lúcia, concordo plenamente. Uma coisa que sempre digo é: tenha foco. Estude, mentalize, respire um e apenas um concurso, pois assim a chance de obter sucesso é enorme. Há bastante tempo para estudar para o concurso do MF, talvez seja uma boa escolha.
Abraços

Anônimo disse...

Marcelo, gostei muito do seu blog. Penso que nele você resume as necessidades e ansiedades da maior parte das pessoas. Todos desejamos ter qualidade de vida e um trabalho interessante ,do qual gostamos e que não nos estresse. Entretando, nem tudo na vida é completo. Estou me sentindo hoje como você se sentiu há alguns anos atrás. Faltam dois anos para terminar meu curso(Engenharia de Produção Civil) e após alguns estágios em empresas do ramo, vejo que gosto da área mas não do estress e das exigências que ela possui. Por isso cogito a possibilidde de entrar no serviço público. Mas temo me sentir,depois, ansiosa, frustrada e limitada.Gostaria de saber se você se compara com seus colegas que optaram por uma carreira em uma grande epresa ou em um negócio próprio e qual a sua opinião sobre essas coisas.
Grande abraço.
Belo Horizonte

Anônimo disse...

Olá Marcelo! Descobri o teu blog pelo forumconcurseiros. Este post me chamou a atenção em especial por dois motivos: Estou na reta final da minha faculdade também (Física) e já estou pensando nos concursos públicos. O primeiro que prestei eu passei: Nossa Caixa (banco). Atualmente trabalho lá durante 6h, mas é estressante. Quero a estabilidade e melhores salários do serviço público estadual. Estou estudando para a área fiscal (Receita Federal, MF, ICMS...).

Outra coisa que chamou a atenção foi nossa paixão pela sala de aula. Você pode trabalhar no serviço público e depois se dedicar à licenciatura, seja pra cursinho de concursos ou outra área. É prazeroso demais!!

Uma dúvida: Analista do Judiciário ganha R$12000,00 e trabalha 6h por dia???

abraços,

Anônimo disse...

retificando:

busco o serviço público FEDERAL! =)

Marcelo Hirosse disse...

Débora, frequentemente ouço relatos de amigos que seguiram carreira ou que estudam para concursos da área. A maioria é feliz com o que faz, mas afirma que o trabalho é super estressante. É claro que esses são os que formaram porque gostavam do que faziam. Eu sinceramente prefiro ter um trabalho administrativo, menos estressante, que seja o meu ganha pão e nas horas vagas usar meu dinheiro para fazer coisas que me dêem prazer.

Nogueira, eu pretendo voltar às salas de aula o quanto antes. É realmente gratificante passar seus conhecimentos adiante. A carga horária do Judiciário é de normalmente 7h/dia. O STJ particularmente tem regulamentada por portaria a carga horária de 6h/dia. Atualmente a remuneração dos analistas é de pouco mais de R$ 7000,00, mas o sindicato vai lutar para implantar o novo plano de cargos e salários que a eleva aos R$ 13500,00.

Abraços

Anônimo disse...

Olá, Marcelo!
Faço TI na X-SP, mas pretendo me transferir para um curso de TI duração de 2 anos de uma facu particular. Ainda estou no 2ºsem, mas com muito DP do 1º.
Não gosto de TI, mas faço esse curso pq muita gente cuida da minha vida, aí fica complicado só ficar estudando para concurso. Então ocupo parte do meu dia com esse curso, mas não estudo para ele (na facu, estudo para concurso. Exceto qdo é um aula de um professor por quem tenho consideração e é muito dedicado).
Minha meta era conseguir passar em MED, para depois escolher um curso. Como não tinha nenhuma vocação, não qria me deixar levar por uma carreira mais fácil de ser aprovado no vestiba.
Acontece q tive muita dificuldade com o tempo para resolver questões e tbm para leitura. Aí, o tempo acabava, e eu mal tinha visto a metade da prova.
Desisti de estudar para o vestibular, até eu encontrar uma solução para ter uma bom desempenho no vestiba.
Como vestibular é anual, comecei a prestar concurso para testar minha desenvoltura. Meus alvos eram as questões de Português e Matemática. Não me preocupava muito com as questões específicas.
Bem! Sobrou tempo e estudei parte das específicas. Tive um bom rendimento. Concluí que seria mais fácil eu passar num concurso do que resolver meu problema com o tempo para passar no vestiba.
Desencanei-me do vestibular, mas aí o pessoal que me secava para eu não passar no vestibular começou (continuou) a me questionar sobre o mesmo. Deixei meu plano de estudo para o TRT-SP de lado e resolvi fazer uma revisão rápida (1 mês) para o vestibular. Prestei vestibulares estratégicos: o da Y, cuja parte específica + Português valem 80%; e o da X-SP, que só tem questões objetivas (danço feio nas dissertativas). Na 1ª, entrei em Eng. Civil; na 2ª, Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
Apesar de ter atração pela 1ª, optei pela 2ª, porque aquela era em período integral, aí ficaria difícil para eu levar os estudos para concurso, ainda mais se tivesse aula prática já logo no 1º sem. Além do mais, era em outra cidade, então eu teria gasto com moradia.
Resumindo, eu nem queria fazer facu mais, só queria um pouco de paz.

Então...
Como eu quero concurso, acho que não valha a pena eu ficar na minha facu, porque tem duração de 4 anos. Acho melhor fazer um curso tecnólogo de 2 anos numa particular, assim q eu passar em uma concurso de nível médio.
Como minha meta é concurso, eu pensei em dois cursos: Contábeis ou Informática, pois são os dois menos concorridos em concurso.
Agoa, vendo os seus comentários, acho que não é uma boa idéia eu fazer Info.
Apesar da concorrência não ser grande, é muito pesado o conteúdo programático de concurso dessa área?
Tenho receito de ter que estudar um monte de linguagem de programação velhas, novas... Aí o curto fica longo. Como não curto muito a matéria, acho que o meu aprendizado será mais prolongado.

Se vc tivesse que escolher um dos dois cursos( Contábeis ou Info), qual vc prestaria para passar em concurso?

Tbm penso em pegar um diploma de 2 anos e concorrer a cargos de qlqr formação superior. Mas aí a concorrência é bem maior e a matéria pode ser diversa em cada concurso, eu acho.

Gostaria de fazer Psico, mas não vejo muitos concurso para essa carreira. Se não passar em um legal, pode demorar para surgir uma outra chance boa.
Penso em Direito tbm.

Eu idealizo a Psico, então não sie se tem matérias chatas no curso.

Gosto de Letras, mas Letras...? Acho um pouco complicado concurso para essa área, tbm. Talvez Comunicação Social (Jornalismo).

Bem! Já estou pedindo orientação vocacional... Mas é essa a minha inteção.


E aí, vc acha que devo pular fora da Info ou levar o curso do jeito que der, depois entrar curso de 2 anos, eliminar algumas matérias e prestar concurso de qlqr formação?


Desculpe-me pelos detalhes.


*Só mais um: o pessoal que me enche o saco é aquele que nunca passou em nada (vestiba ou concurso), então tenta me desestimular.


Obrigado,
Brás Cubas

Marcelo Hirosse disse...

Brás, apesar de não ter seguido carreira na área de Engenharia, acredito que o curso foi essencial para que eu aprendesse a ser auto-ditada e entendesse realmente o que é estudar. Entre as duas áreas que vc citou (contábeis e informática), hoje eu optaria por contábeis, pois cada vez mais estão abrindo concursos para essa área e com elevadas remunerações. Não acho que seja uma boa, porém, você fazer um curso superior qualquer. Se você acha que seu momento é para concursos públicos, dedique-se a isso e depois pense com calma em que nível superior gostaria de fazer. Lembre-se que um fator determinante é o foco.
Abraços

Unknown disse...

Sua história é parecida com a minha, mas, ao contrário de você, eu acabei largando a engenharia, pq comecei a perder matérias e "encavalando" o curso, e o diploma tava tão longe que eu nem conseguia enxergar mais onde ele estava... rs.

Depois que larguei a engenharia, fiz uns concursos sem estudar quase nada e acabei dando um pouco de sorte, arrumei de cara uma vaga na prefeitura de SP e devo ir pra ANTT agora em janeiro.

Prestei vestibular de novo e fui pra Ciências Contabeis, já mirando no AFTN e no Banco Central desde o inicio. Devo prestar o concurso de Técnico do BACEN já que meu diploma não sai tão cedo, tomara que eu consiga o sucesso que você está conseguindo nos concursos, apesar de ainda estar naquela fase da preguiça que você também passou... rs.

Parabéns pelo STJ, e pelas noticias do SINTRAJUD aqui de SP, parece que o aumentão do Judiciário vem mesmo.

Marcelo Hirosse disse...

Leonardo, nossas histórias são parecidas mesmo. Que bom que já é concursado, continue com este foco no Bacen e no Tesouro Nacional que em breve você conquistará sua vaga.
Abraços